quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Felicidade de Vinicius de Moraes - Carmen Stoll

A Felicidade

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor
Vinicius de Moraes

A fábula do beija-flor - (Bernadete k.)

 *imagem e poesia DAQUI


Certo dia a mata estava pegando fogo,
E um beija-flor começou a pegar água numa folha
E jogar no fogo. Os outros animais disseram pra ele
Que ele estava ficando louco, pois sozinho não iria conseguir
Apagar todo aquele fogo.
Ele respondeu que não conseguiria apagar o fogo sizinho,
Mas que estava fazendo sua parte.

Fazer nossa parte as vezes só não basta,
Precisamos convencer as pessoas
Que aquilo que estamos fazendo é certo;
Que assim como um elo apenas
Não pode formar uma corrente,
A união de um grupo em torno do mesmo objetivo
É necessária para que esse algo possa ser feito.

Tomar como exemplo o João de Barro,
Assim como outras aves que mesmo sem ter mãos
Para carregar o necessário para a confecção de suas casas,
Vão em frente e fazem um lindo trabalho...
É acreditar ser possível
Aquilo que parece impossível,
É acreditar ter condições de ser feito,
Quando na maioria das vezes,
Parece não haver condições;
É fornecer a Deus ferramentas
Para que Ele possa nos ajudar,
Onde nossa força não nos permite;
Dar-nos coragem onde fraquejamos;
Conduzir-nos até nosso destino final.
(Luiz Pereira da Costa)

UM AMIGO DE VERDADE - Silvia dos Santos



Amigo!
Hoje, lembrei de você.
Lembrei dos momentos juntos,
Dos momentos ausentes,
Das conversas ao vento,

Sinto falta…
Da tua doce voz.
do teu sorriso belo e franco…
da tua mão segurando a minha
quando escorria o meu pranto.

Onde estás amigo?
Em que Estrela ou dimensão te encontras?
Quero revê-lo… toca-lo… repousar em teu colo…
voltar a dizer baixinho, só para você…
Te amo, amigo meu!

Elza Portuga

Poesia Felicidade - (maria Eni)


Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Maria das Graças e Rosemari Moro Creme

http://www.recadopop.com/

Soneto do amigo - (Terezinha de Jesus)


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Soneto de Vinicius de Moraes - Rosane de Fátima Hartmann


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes